Abraham Palatnik ( Natal , 19 de fevereiro de 1928 - Rio de Janeiro , 9 de maio de 2020 ) foi um artista plástico brasileiro , pioneiro em arte cinética no Brasil. [1] Suas obras contêm instalações elétricas que criam movimentos e jogos de luzes. [2] [3]
Filho de judeus russos, mudou-se aos quatro anos de idade para a região onde hoje é Israel . Em Tel Aviv , durante sua adolescência, estudou física e mecânica numa escola técnica, especializando-se em motores de explosão . [4] Começou seus estudos artísticos no ateliê do pintor Haaron Avni. A partir de 1943 começou a ter aulas de pintura, desenho e estética no Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, onde permaneceu até 1947 . Nesta época, produziu pinturas de paisagens, retratos e naturezas-mortas. [5]
Aproxima-se, então, da arte abstrata e, após pintar algumas telas construtivas, começa, em 1949 , a projetar máquinas em que a cor aparece se movimentando. A partir delas cria caixas de telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores, chamadas pelo crítico Mário Pedrosa de Aparelhos Cinecromáticos. O trabalho é pioneiro no uso de fontes luminosas artificiais na arte. [5] A partir de 1959 , cria trabalhos tridimensionais e, ao mesmo tempo, faz quadros em superfícies bidimensionais.
Morreu aos 92 anos, no Rio de Janeiro, vítima de COVID-19. [3]
Mas já é uma história conhecida o fato de o artista ter pensado em “começar de novo” sua arte depois da impactante visita que realizou, na época, ao Hospital Psiquiátrico Pedro II, no Rio, a convite do colega Almir Mavignier. No local, conheceu as obras de esquizofrênicos tratados pela dra. Nise da Silveira.
“Seu olhar é sempre para a pintura”
“É sempre importante o lado artesanal de sua obra e o fato de ele se sentir artesão perpassa toda a mostra” - Pieter Tjabbes